quarta-feira, janeiro 01, 2014

Biocyberdrama: quadrinhos pós-humanos

Mozart Couto é dos mais importantes desenhistas de quadrinhos brasileiros. Seu traço anatomicamente perfeito ilustrou algumas das melhores histórias nos gêneros fantasia e ficção científica dessa expressão artística no Brasil. Edgar Franco é um dos nomes fundamentais dos quadrinhos poéticos filosóficos, um gênero surgido em nosso país que teve grande destaque a partir da década de 1990 através de fanzines e publicações alternativas. Seu traço flerta com o onírico mostrando figuras impossíveis em cenários surreais. A junção desses dois talentos tão diferentes deu origem ao Biocyberdrama, um dos mais importantes álbuns de quadrinhos lançados em 2013.

A própria origem da publicação é uma saga. Em 2000, influenciado pelas ideias de artistas e filósofos que tratam da pós-humanidade, Edgar Franco produziu o fanzine Biociberdrame e enviou para várias pessoas. Uma delas foi Mozart Couto, que adorou a ideia e propôs uma parceria, o que deu origem a um primeiro álbum, com o primeiro capítulo. Os outros sete capítulos levaram 12 anos para serem feitos e reunidos na edição publicado este ano pela editora UFG. Uma edição, aliás, que faz jus ao conteúdo: um papel interno de alta gramatura, uma capa em policromia com um emblemático desenho de Mozart e uma sobrecapa em preto e branco que se fecha sobre as páginas, formando um box. Leia mais

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