segunda-feira, janeiro 18, 2016

O gato budista


Leandro karnall diz que o gato é budista. Ele conta que quando Buda morreu, todos os animais fizeram uma fila para homenageá-lo e conseguir a iluminação e o único que não compareceu foi o gato. Ao ouvir o cachorro criticar o gato, Buda teria dito: "O gato foi o único que entendeu o budismo".
Há uma máxima segundo a qual, se você encontrar Buda, deve matar Buda. Isso porque Buda não está lá fora. O Buda está dentro de cada um. Nos templos zen não se faz reverência para o buda de madeira, para a imagem, mas para o buda que está dentro de todas as outras pessoas que estão meditando. Cada um é responsável por sua própria iluminação.
O cachorro deve ser disciplinado, o gato é auto-disciplinado. O cachorro deve seguir a um líder, um dono, que lhe diz o que fazer e como fazer. O gato só segue a si mesmo. O gato não precisa que alguém lhe diga para tomar banho: ele mesmo se limpa. O gato não precisa que alguém lhe diga onde fazer suas necessidades. Se há local adequado, ele fará lá, e cobrirá depois.
Há uma velha história sobre um mestre equilibrista que ensinava um discípulo. Em um dos números, o discípulo equilibrava-se sobre uma corda e o mestre equilibrava sobre a cabeça dele. E o discípulo disse: "Cuide de mim e eu cuido de você" ao que o mestre replicou: "Não, cuide de você eu cuido de mim, assim estaremos cuidando dos dois!". De fato, se o discípulo cuidasse de si, se perdesse o equilíbrio, o mestre cairia com o ele.
Da mesma forma, no budismo se diz que você deve mudar. Sua transformação irá refletir no mundo. O gato concordaria com isso.