Quando abrem os
portões do Louvre, é como um estouro de boiada. As pessoas simplesmente saem correndo
para ver a Monalisa (um quadro pequeno, com um cordão de isolamento de dois
metros ou mais). No caminho, passam sem olhar por algumas das grandes obras da
pintura universal. Em alguns casos, grandes de fato, como as enormes pinturas
de Delacroix.
A situação nos revela
um pouco sobre como estabelece o sentido de valor: as pessoas valorizam aquilo
que conhecem. A Monalisa é muito conhecida não só por todas as referências,
citações, ilustração em livros, mas principalmente graças a filmes como o código
da Vinci. É a melhor ou o mais importante obra do Louvre? Controverso. É a mais
espetacular? Não mesmo. Mas é a mais conhecida e reconhecida e por isso a mais
valorizada.
Essa característica
humana, de valorizar àquilo que se conhece é muito bem explorado pela Marvel e
é boa parte do segredo de seu sucesso no cinema.
A interconexão dos
filmes faz com que todos os personagens sejam conhecidos e reconhecidos. Homem
formiga? Não é aquele que apareceu no Guerra Civil? Pantera Negra? Não é aquele
que apareceu nos vingadores? Assim, o público de um torna-se o público de
outro, um puxando a bilheteria do outro para cima. Fenômeno que ficou patente
no sucesso absoluto de Guerra Infinita e Ultimato. Aliás, a própria
construção do vilão desses dois filmes foi realizada a partir desse princípio:
Thanos já aparece na cena pós-crédito do primeiro filme dos Vingadores.
Isso, claro, é
novidade no cinema, mas há era feito pela Marvel nos quadrinhos desde a década
de 60.
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