Um mundo melhor é um episódio da segunda temporada do desenho da Liga da Justiça. Esse desenho se destaca pelos excelentes roteiros, com muita ação, mas também uma excelente caracterização de personagens e até alguma reflexão.
O episódio em questão gira em torno de um fato básico para quem assistiu outros episódios: por que o Superman nunca consegue derrotar definitivamente Lex Luthor. Ele é inteligente e super-poderoso, mas tem um freio ético e legal que o impede de ir além de determinado ponto. Já Luthor não tem freio nenhum, é um homem totalmente amoral.
No episódio, que se passa em uma terra paralela Luthor chega à presidência e cria uma guerra com super-heróis, chegando a matar o Flash. A Liga (que nessa realidade se chama Lordes da Justiça) entra na casa Branca e Luthor está prestes a apertar o botão que aciona uma arma nuclear. Quando o Superman chega para impedi-lo, Luthor diz o que parece óbvio: que ele só adiaria um novo confronto. Pois o ciclo irá iniciar de novo: mais uma vez Luthor será preso, irá escapar, fazer um novo plano, etc. A única maneira de impedir isso seria matá-lo. E é justamente o que o Superman faz.
Três anos depois, o mundo se transformou em uma ditadura, sem crimes, mas sem liberdade de expressão.
A trama realmente começa quando eles descobrem a realidade da Liga e tentam implantar uma ditadura nesse novo mundo.
Segue-se um ótimo episódio, com muita ação, ótima caracterização de personagens e uma lição interessante: Não existe desculpa para romper os limites da legalidade ou da ética. Os resultados sempre serão negativos.
Numa referência história, dá para comparar com a ditadura militar. Quando os militares tomaram o poder, em 1964, eles deixaram de ser os heróis que foram na II Guerra Mundial para se transformarem em vilões. Vale lembrar a famosa frase de Jarbas Passarinho (Ministro da Educação do governo militar) quando da instalação do AI-5, que cassou direitos civis: "Às favas com a ética!".
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