O anjo exterminador é filme de 1962 do surrealista Luis Buñuel. O filme, considerado pelo New York Times como um dos 100 melhores de todos os tempos, conta a história de um grupo de ricos que, após um jantar formal, ficam presos na sala de uma mansão. Não há barreiras físicas que os impeça de sair, mas mesmo assim nenhum deles sai. O roteiro é inventivo ao criar estratégias para a não saída: É o criado que chega com o café, é uma acusação, é um assunto importante...
A premissa surreal serve para mostrar como reagem pessoas, no caso os ricos, em situações limite. Conforme vão passando os dias e os personagens são atormentados pela sede e pela fome, vão caindo as máscaras e aflorando o lado animal e instintivo dos mesmos. Impossível não comparar, por exemplo, com Walking Dead, que, embora num cenário e trama completamente diferente, lida com o mesmo princípio: mostrar como pessoas reagem diante de situações-limite.
Embora surreal, a película consegue ser verossímil. O expectador acredita que de fato, isso está acontecendo e se angustia junto com os prisioneiros.
Aliás, por seu caráter de fantasia, O anjo exterminador poderia figurar tranquilamente como um episódio de Além da Imaginação.
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