Na década de 1960, Jack Kirby e Stan Lee
inventaram um tipo de quadrinho repleto de ação, que fazia parecer que as
histórias da Dc se passavam em câmera lenta. Mark Millar aperfeiçoou isso,
produzindo histórias em que a ação acontece em ritmo initerrupto. O melhor
exemplo disso é Imperatriz, do selo Millaword, lançado em 2018 pela Panini.
A história é focada na Imperatriz do título, a
mulher casada com o maior vilão do universo, um ditador cruel que mata pessoas
como moscas. A sequência inicial, em que três pessoas são sentenciadas porque
um amigo delas falara contra o ditador. Os três não só o aconselharam a se
calar, como também o denunciaram, mas mesmo assim são mortos por um dinossauro
por não terem matado o infrator com suas próprias mãos.
Chega num ponto em que a Imperatriz decide que
não pode criar seus filhos num ambiente tão sanguinário e, como a ajuda de seu
guarda-costas, foge do palácio. Isso os joga numa sequencia interminável de ação,
fugas, massacre.
A história se torna ainda mais alucinada quando
eles conseguem um equipamento que os teletransporta através das estrelas. Mas,
por onde passam, há sempre um perigo, sejam animais nativos ou pessoas
interessadas em capturá-los e faturar o prêmio por suas cabeças.
O desenho de Stuart Immonen é extremamente
competente tanto para a ação quanto para as naves e cenários alienígenas.
Millar tem algumas boas sacadas, como a espécie
que só pensa em dinheiro e aluga seus corpos para que ricos possam se
empaturrar em todo tipo de excesso enquanto eles exercitam os corpos originais,
colocando-os em forma. Mas no geral é só ação desenfreada muito bem narrada.
São 192 páginas que você consegue ler facilmente em meia-hora.
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