Bloody Mary é um drink feito com vodca, suco de
limão, suco de tomate, molho inglês e pimenta. É também o nome da personagem
principal de uma minissérie escrita por Garth Ennis e desenhada por Carlos
Ezquerra e publicada pela DC Comics no ano de 1996. Aqui foi publicado pela Abril
apenas dois anos depois, em 1998.
A história se passa no ano de 2012. O mundo
está em guerra. A comunidade europeia, puxada pela frança e pela Alemanha
tornou-se a grande potencia mundial. Quando um neofascista que havia
participado de torcidas de futebol violentas chega ao poder, a guerra explode.
De um lado, a Europa, do outro a Inglaterra e os EUA. Depois de um início com
armas de destruição em massa, os dois lados percebem que não ganhariam nada
destruindo o que podia ser conquistado. E os dois lados passaram a investir na
infantaria: assassinos cada vez melhores e mais especializados.
Nesse meio tempo a Inglaterra cria um esquadrão
de elite de assassinos profissionais. Um desses soldados explode o helicóptero
em que estavam os outros e foge, tornando-se um mercenário. Do grupo, só se
salva uma garota, a Bloody Mary do título.
Anos depois, esse mercenário aparece tentando
vender para os dois lados do conflito uma arma que pode criar a infantaria
invencível. É quando os dois sobreviventes do esquadrão de assassinos entram em
rota de colisão.
As boas histórias de Garth Ennis são sobre
caras durões enfrentando caras durões. E é exatamente o que acontece aqui, com
a única diferença de que nesse caso um dos caras durões é uma mulher. Fora
isso, é a mesma receita: muita porrada, tiros, escatologia, diálogos afinados.
O traço do desenhista espanhol Carlos Ezquerra funciona muito bem na história,
com um estilo que se diferencia bastante dos comics e se aproxima muito mais da
estética crua da revista 2000AD, com a qual ele colaborou por anos.
Bloody Mary é uma daquelas boas histórias fast
food dos anos 90 típicas de Garth Ennis: um gibi para quem quer diversão e ação
e não se importa muito com profundidade.
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