Observe a mulher
acima. Parece perfeita mais é mais do é isso. É uma mulher hiper-real. Ela não
envelhece, não tem rugas, não tem celulite, não tem estrias. Jamais estará
doente ou indisposta. Trata-se de uma boneca de silicone. Até há pouco tempo,
era uma curiosidade entre pesquisadores de hiper-realidade e pós-humanide, um
produto para poucos, caro e difícil de encontrar. Hoje em dia o produto é ainda
mais perfeito do que era há alguns poucos anos e pode ser encontrado com facilidade
em sites como Ali Express por preços que variam de 2 a 5 mil reais.
A mulher acima é
reflexo direto de um mundo hiper-real em que as ficção, coisas criadas pelo
homem, parecem mais reais do que sua contrapartes naturais. Sua perfeição
levanta questões sobre a que ponto essa hiper-realidade poderá chegar e até que
ponto ela já domina nossas vidas.
Alguns poderiam
dizer que a boneca tem dois defeitos: não fala e não se move, o que é verdade.
Mas atualmente,
programas de Inteligência Artificial já podem ser facilmente encontrados a
preços populares em produtos como o Eco Doth, da Amazon, uma caixa de som que
não só toca músicas, mas acende luzes, liga a TV e fala com o usuário
(experimente dizer que é seu aniversário e ela cantará parabéns para você;
experimente dizer que está com saudade e ela responderá: “Vamos matar essa
saudade ouvindo um pouco de música?”). Já existem algumas sendo vendidas com
essa tecnologia e não falta muito para que ela se popularize e todas as bonecas
do tipo tenha esse tipo de tecnologia.
Por outro lado,
pesquisadores têm desenvolvido robôs que se movimentam de forma cada vez mais
parecida com a de um ser humano. Também não demorará a essa tecnologia ser
incorporada a essas bonecas.
Quando tais
bonecas tiverem inteligência artificial e forem capazes de se movimentarem,
será difícil distingui-las de um ser humano, exceto por um fato: elas serão
mais perfeitas do que qualquer ser humano jamais será.
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