Na década de
1950, William Hanna e Joseph Barbera estavam prestes a ficar desempregados. O
sistema cinemascope destacava os defeitos dos desenhos e era possível que o
departamento de animação na MGM fosse fechado. Preocupados, procuraram um dos
executivos da produtora com a proposta de fazer desenhos animados para TV. O
que ouviram foi que desenhos animados não tinham futuro na tela pequena. Agências
de publicidade e outros estúdios também diziam o mesmo.
O jeito foi
criar uma nova empresa para fazer animações para esse novo meio. Assim surgiu a
Hanna-Barbera.
O grande
desafio era que a TV pagava pouco e o tempo de execução era mínimo. A solução
foi o reaproveitamento de cenários, de cenas e animar o mínimo possível os
personagens. Se ele estivesse falando, por exemplo, o corpo permanecia parado. Muitas
vezes usava-se o recurso do narrador em off, que contava partes da história que
não fora possível animar – muitas vezes sobre uma imagem parada. Essas limitações
seriam compensadas por roteiros divertidos e interessantes.
O primeiro
desenho criado pela nova empresa foi Jambo e Ruivão. Tratava-se de um cachorro atrapalhado
e um gato esperto ajudando o professor Gizmo. Na primeira história, Ruivão sem
querer aciona o mecanismo de lançamento de um foguete e o trio é lançado ao
espaço sem comida, sem equipamentos e praticamente sem combustível.
Eram episódios
curtos, de alguns poucos minutos, que, unidos, formavam um episódio maior, de
20 a 25 minutos. O esquema era dos seriados matinês, com cada episódio
terminando numa situação de suspense e cada novo episódio começando com um
pequeno resumo (com repetição de cenas do episódio anterior).
A atração
estreou em dezembro de 1957 e foi o primeiro desenho animado feito
exclusivamente para TV. Seu sucesso consolidou a Hanna-barbera como produtora
de animação para a tela pequena e abriu espaço para diversas outras séries.
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