sábado, outubro 23, 2021

Super-homem – a revolução John Byrne

 


Em 1986 a DC Comics tinha acabado de sair do mega-sucesso Crise nas infinitas terras e a ideia era reformular seus principais personagens. Frank miller fez Batman ano 1, George Perez ficou responsável pela Mulher Maravilha e John Byrne foi chamado para fazer uma versão totalmente nova do homem de aço.

Para marcar esse novo momento foi criada uma nova revista, The Man of stell.

Byrne mostra uma versão diferente de Kripton. 


Byrne diminuiu os poderes do personagem e recontou sua origem. Nada muito diferente do que conhecemos: Jor-El percebe que uma pressão no centro do planeta irá destruir Kripton. Ele envia seu único filho dentro de um foguete para ser criado na terra. A versão de Byrne para Kritpon é visualmente muito diferente do que até então se via nos quadrinhos e estava muito mais próxima dos filmes. Também apresenta alguns detalhes sobre a cultura local. Quando Jor-el mostra o local onde seu filho crescerá, a esposa fica horrorizada: “Ele está expondo sua pele ao vento e pisando em solo não processado!”.

Na comparação com a cultura antisséptica de Kritpon, a sequencia seguinte, com Clark Kent jogando futebol americano, é um contraste imenso.



O roteiro de Byrne é como seu desenhos: simples, mas eficiente. Não há grandes ousadias estéticas ou narrativas, só uma boa história de origem com direito a bifes (diálogos explicativos), como quando Jonathan Kent explica ao filho adotivo como ele foi achando e adotado pelo casal. 



A cena em que o super experimenta a roupa é ingênua, mas combina bem com o personagem: na versão de Byrne, a mãe adotiva faz a roupa do personagem e o pai lhe ensina a pentear o cabelo de forma diferente como forma de disfarçar. No final, a história fecha com uma tremenda splah page do personagem voando na direção do leitor no melhor estilo elegante que tornou Byrne célebre.



Hoje é difícil imaginar o impacto que essa história teve sobre os leitores e até sobre quem não era fã. Para se ter uma ideia, a versão de Byrne chegou a ser capa até da revista Time em 1988, época em que o personagem completava 50 anos.

No Brasil essa história foi publicada pela abril em clássicos DC 1 e na revista Super-homem 38.  

 

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