domingo, janeiro 23, 2022

Bastardos inglórios

 


Bastardos Inglórios é um filme de Quentim Tarantino, de 2009. Tarantino parece ter chegado à maturidade narrativa num filme que junta o que tem de melhor em toda a cinematografia e ainda acrescenta um fundo histórico interessante. Para quem não sabe, a história é sobre um grupo de soldados judeus-americanos (os bastardos do título), que entra na França ocupada pelos alemães com o objetivo de matar o máximo de nazistas possível. Em uma trama paralela, temos uma garota judia cuja família foi morta, que agora tem uma identidade francesa e administra um cinema que acaba sendo escolhido para o lançamento de um filme alemão ao qual irá comparecer toda a elite nazista. As duas tramas paralelas, claro, irão se juntar no final, quando a garota, por um lado, e os bastardos por outro, irão tentar matar os oficiais.

Tarantino faz flash back em cima de flash back, mas a sequência mais memorável do filme é a primeira, em que uma calma conversa de um fazendeiro francês com um oficial nazista termina em um banho de sangue. Nessa cena, duas coisas se destaca: a ótima direção de Tarantino (quando a câmera começa a se movimentar em círculo ao redor dos dois homens, sabemos que algo vai acontecer) e o talento do ator Christoph Waltz, que faz o Coronel da SS Hans Landa. O charme desse personagem é um dos atrativos do filme. Onde Hans Landa aparece, ele rouba a cena.

Já nos créditos percebemos que o filme é uma farsa, quando começa a tocar a música de Ennio Morricone, famoso pelos filmes de faroeste de Sérgio Leone. Muitos cineastas trabalharam muito bem com a trilha sonora, mas Tarantino a transformou em elemento narrativo.

Entre as várias cenas memoráveis está aquela em que Brad Pitt, com forte sotaque americano, tenta convencer Landa de que é um italiano. O cinema todo gargalhou.

1 comentário:

Cliff Seward disse...

Taí um filme idolatrado por muitos e que eu simplesmente deploro. Pelo mesmo motivo que acho ridículo "A Vida é Bela" e todos os filmes similares. Não dá para brincar com o tema do nazismo. Respeito as opiniões alheias, mas, para mim, deveriam existir apenas filmes como "O Pianista" ou "A lista de Schindler" tratando desse tema. Aliás esses bastardos compõem o único filme do Tarantino de que eu realmente não gosto.