A origem do filme O dia em que a terra parou é o conto “Adeus ao mestre, de Harry Bates, publicado em 1940. No conto, um embaixador extraterrestre é morto e um momento é erigido em sua homenagem ao redor da nave, que não pode ser aberta e, na frente dela, o robô, que não se mexe, e, aparentemente, está inativo. Mas um fotógrafo desconfia que algo está acontecendo e resolve passar a noite próximo ao robô (e acaba se surpreendendo com o que acontece).
Robert Wise pegou essa premissa e transformou num dos filmes mais importantes da ficção científica de todos os tempos. Ao contrário do conto (em que a história do embaixador Klaatu é narrada em flash back), o diretor preferiu trabalhar com uma narrativa linear, o que não tirou da história seu impacto revolucionário, mas de certa forma, ampliou-a.
Muito mais do que um filme de ação, O dia em que a terra parou é um filme filosófico, que reflete sobre a humanidade e a bondade.
Na história, o embaixador traz uma mensagem de paz, mas um aviso: se continuarem se tornando uma ameaça aos outros planetas, a Terra deverá ser exterminada. Mas a chegada da nave é vista pelo governo americano como uma ameaça. Klaatu é alvejado e foge, indo parar em uma pensão, onde conhece uma viúva e seu filho, que o ajudam a encontrar um grande cientista, que poderia ajuda-lo em sua missão de convencer os governos terrestres a cessarem a corrida armamentística.
O filme, lançado em 1951, estreou em plena Guerra Fria, período em que Rússia e EUA disputavam o controle mundial num frágil equilíbrio, que colocou a humanidade diversas vezes próxima do armagedrom (chegou a existir até mesmo um relógio do fim do mundo, criado por cientistas, que mostrava o quanto estávamos próximos do fim – representado pela meia-noite). Tornou-se um símbolo do apelo pela paz e um dos mais pungentes apelos contra a insensatez humana.
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