terça-feira, novembro 15, 2022

Júlia Kendall – férias forçadas

 

 

O gênero policial, embora seja visto normalmente como uma história em que um detetive investiga um assassinato, é muito mais amplo, podendo incluir,por exemplo, o planejamento e a execução de um crime. Férias Forçadas, publicado no número 106 da revista Aventuras de uma criminóloga se encaixa nesse último modelo.

Na história, três homens estão tentando roubar um cofre em um hiper-mercado quando o alarme dispara. Então descobrimos que eles são bandidos presos, que saíram para cometer o roubo, mas não sabemos o que tem dentro do cofre ou porque o policial deixou que saíssem, o que gera interesse no leitor.

A sequência inicial é eletrizante. 


Berardi (que nessa história conta com a colaboração de Alberto Ghê), é um mestre do roteiro, o que contribui muito para a caracterização dos personagens. Isso é unido a cenas de ação realmente empolgantes e verossímeis. Além disso, o suspense sobre o que realmente tem no cofre é muito bem trabalhado.

Os personagens secundários são muito bem trabalhados. 


O foco nos assaltantes é tão grande que Júlia é quase uma personagem secundária na história.

Entretanto, a construção da história, dos personagens e da ambientação é tão tão extensa que o final acontece de maneira abrupta, dando a impressão de que os roteiristas não pesaram bem a quantidade de páginas que tinham disponíveis. Ainda assim, é uma ótima leitura.

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