No volume 38 da série Perry Rhodan, Crest e Thora tentam
voltar para Árcon acompanhados dos terranos. Mas quando chegam lá, descobrem
que não são bem-vindos e que o império agora é comandado por um robô. Na
verdade, eles nem mesmo conseguem chegar à sede do império, ficando presos em
um planeta periférico.
No número 39, “O mundo dos três planetas”, Rhodan resolve ir
com os arcônidas para Árcon em uma gasela (uma nave menor).
O título é uma referência à característica única de Árcon,
um mundo composto por três planetas que compartilham a mesma órbita ao redor do
sol – uma demonstração do avanço da tecnologia arcônida. O primeiro mundo é
reservado exclusivamente para áreas residenciais. O segundo, para o comércio,
indústria e abastecimento alimentar. O terceiro é o planeta da guerra, onde
fica a gigantesca frota arcônida.
A passagem do grupo pelo planeta residencial, no qual eles
encontram o Imperador (e descobrem que ele não tem poder algum) é um dos
momentos mais interessantes do livro ao mostrar a cultura e a arquitetura
arcônida. Uma das características desse povo é fugir ao máximo de qualquer
coisa que possa lembrar a uniformização. “Nenhum parque se parece com o outro e
ninguém criará o mesmo animal doméstico que o vizinho”, explica Thora.
Também é explicado como funcionam as naves esféricas
arcônidas, com os jatos montados no anel equatorial.
A capa alemã destacava a gigantesca nave Titã. |
O volume é escrito por K.H. Scheer, um dos melhores autores
da franquia, que já demostra sua grande capacidade descritiva logo na primeira
página: “Caíram dos céus como um bando de mosquitos gordos e repugnantes. Seus
ferrões eram pesados canhões energéticos. As vísceras abrigadas atrás de
blindagens resistentes pulsavam num ritmo tão preciso que jamais seria atingido
por qualquer combinação orgânica de células vivas”.
O plano de Rhodan e os arcônidas Crest e Thora é temerário:
roubar um supercouraçado arcônida, uma nave monstruosa de 1.500 metros. Para
isso, eles se fazem passar por voluntários vindos de um dos mundos periféricos
do império sob liderança de dois arcônidas da classe superior. Mas como fazer isso em meio à vigilância do
computador regente?
O resultado é uma trama extremamente tensa, repleta de ação
militar, no melhor estilo K.H. Scheer.
Uma curiosidade é que o volume traz a atencipação da
tecnologia Wi-fi. No caso não para sinal de internet, mas para energia usada
pelo computador que controla as naves
arcônidas.
Sem comentários:
Enviar um comentário