segunda-feira, maio 22, 2023

Conan – Os devoradores da lua de Darfar

 


 

As histórias de conan eram tão diferentes dos heróis de fantasia que criaram um gênero próprio. Ao contrário da visão idealizada da Idade Média, com heróis impolutos e vilões demoníacos, nas histórias do Cimério a fronteira entre o bem o mal era muito mais nebulosa. E os personagens pareciam muito mais preocupados com eles mesmos do que com códigos de honra.

A história Os devoradores da Lua de Darfar, publicada em Conan the barbarian 108, com roteiro de Roy Thomas e desenhos de John Buscema e Ernie Chan, exemplifica bem isso.

Na história anterior, Conan havia salvo uma escrava da rainha de Kush e fugira com ela para o deserto.

Uma promessa de amor... 


Enquanto acampam no deserto, Diana conta sua história. Era era filha de um rico mercador. Quando o barco foi tomado por piratas, o pai foi morto e a garota loira tomada como escrava – indo parar como espiã involuntária na corte da rainha de Kush. 

Conan diz que irá levá-la para a Estígia, onde ela poderá voltar para casa, como Lívia, uma outra moça que o cimério havia salvado. “E a tola deixou você? Ela deveria estar louca. Eu serei sua para sempre... até que a morte nos separe”, responde a garota.

Logo depois ambos são atacados por canibais se abrigam numa caravana. Os canibais exigem a garota para um ritual. Com a recusa de Conan em entregá-la, eles exigem dois homens – Conan  e um aprendiz de mago que acompanha o cortejo.

... mas a dupla é atacada por canibais. 


Claro que no final, Conan se livrará do destino fatal e voltará para a caravana a fim de libertar a garota, que ele acredita ter sido escravizada. Mas na verdade, ela se encantara com a riqueza do mercador e resolvera se casar com ele.

A história, embora seja uma criação original de Roy Thomas, resume a filosofia do criador de conan, Robert E. Howard, segundo o qual os bárbaros têm muito mais honra e virtude que os civilizados. Enquanto Conan, um bárbaro e ladrão, passa a história inteira preocupado com a moça, ela na verdade tinha preocupações muito mais mundanas. Também é uma reflexão sobre como promessas do tipo “para sempre” podem ser efêmeras.

Esse era o tipo de história que tornava Conan único. 

No Brasil essa história foi publicada pela editora Abril em Conan, o bárbaro 3.

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