Vindo da televisão e do cinema, Marcos Rey era um escritor
muito rápido. Quando foi convidado a escrever livros para a coleção Vaga-Lume,
ele escreveu o primeiro volume em menos de um mês e enviou. Pediram várias
alterações.
Foi quando ele percebeu que os editores consideravam que a
rapidez se devia à falta de qualidade - daí os pedidos de mudanças.
A solução foi simples: escrever o livro em janeiro e
guardar, para só entregar em dezembro. Os editores consideravam que o livro
estava ótimo, afinal o autor tinha passado um ano inteiro trabalhando nele, e não
pediam mudança nenhuma.
O episódio demonstra a doença da editorialite, situação em
que os editores se sentem na obrigação de pedir mudanças no texto mesmo quando
nenhuma mudança é necessária.
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