Em 1996 a Marvel zerou alguns dos seus principais títulos e
colocou-os sob a batuta dos, na época, superstars Jim Lee e Rob Liefield. Com
resultado muito irregular (a série de Liefield no Capitão América era tão ruim
que tiveram que trocar a equipe criativa no meio), em 1998 a editora voltou a
zerar as publicações, retornando-as para o universo Marvel regular.
Para produzir o título do deus do trovão foram escalados o
roteirista Dan Jurgens e o desenhista John Romita Jr. A estadia dos dois à
frente do título fez tanto sucesso que durou dezenas de edições.
Algo que fica claro, já no primeiro número, é o objetivo da
dupla de retornar a grandiosidade do título que víamos na década de 1960.
O título resgata a grandiosidade do herói. |
A história começa com a polícia cercando uma creche onde
sequestrou crianças e quer a presença de Thor. O herói, nessa nova versão,
aparece então numa página dupla impressionante que remete diretamente ao
trabalho de Jack Kirby à frente do gibi. Thor aparece descendo dos céus, sendo
visto de baixo para cima num ângulo grandioso.
Com a chegada de Thor, o homem liberta as crianças e se
identifica com Heimdall, o guardião da Ponte do Arco-íris, cuja forma teria
sido modificada pelo maldoso Loki e pede para ser levado para Asgard.
A sequência é uma desculpa para mostrar ao leitor o que
aconteceu com o reino dos deuseus nórdico. O local está destruído, com as
torres desmoronadas e sem moradores. Além de cumprir essa função descritiva, a
sequência deixa dois ganchos: o maluco realmente seria Heindall? O que aconteceu com os habitantes de Asgard?
Vencer o Destruidor parece impossível. |
Como toda história de super-herói precisa de um vilão, esse
aparece lá pelo meio da história: é o invencível Destruidor, uma armadura,
aparentemente ocupada por um militar (mais um gancho: como isso aconteceu?) que
parece empenhado em destruir Nova York. Quando Thor chega às docas, o
personagem já está sendo combatido pelos Vingadores. Seguem-se páginas e mais
páginas de ação nas quais John Romita Jr. mostra que aprendeu todas as lições
tanto de seu pai quanto do Rei Kirby. O ao ler sentimos que os heróis estão
diante de um adversário realmente invencível.
Toda a contenda é entremeada por sequências focadas num
paramédico chamado Jake Olson que parece empenhado em dar até mesmo a própria
vida para salvar outras pessoas.
No final do volume dois percebemos que os destinos de Thor e
Olson estarão entrelaçados, fazendo com que mais um aspecto das aventuras
clássicas seja retomado.
Sem comentários:
Enviar um comentário