segunda-feira, novembro 27, 2023

A primeira aparição de Manto e Adaga

 


Manto e Adaga foram dois personagens que cativaram os leitores brasileiros quando apareceram nas páginas da revista Heróis da TV. O que pouco sabem é que eles eram, inicialmente, personagens secundários da série do Homem-aranha.

Em 1981, Bill Mantlo era o roteirista da revista Peter Parker, the spetacular Spider-man e fez uma visita à ilha Ellis, local onde ficavam os imigrantes antes de serem selecionados ou não para entrarem nos EUA. Na década de 1970 o local tinha se tornado um centro de miséria e de dependentes de drogas. Os personagens, um representando a luz e outro as trevas, lhe vieram à mente na mesma noite.

A primeira aparição dos heróis. 


O responsável pelo visual dos personagens seria Ed Hanning, então desenhista do título. Embora fosse muito influenciado por Steve Ditko, era um desenhista mediano. Mas no visual desse personagens ele de fato acertou. Manto foi representado com um homem negro com uma capa semelhante a uma sombra e Adaga como uma garota loira com uma roupa branca colada e um decote no formato de adaga “Algo que era bastante ousado para época”, afirmou o desenhista.

Na história, o Homem-aranha está patrulhando a cidade quando recebe um pedido de ajuda. É um traficante que quer se entregar para a polícia. Mas antes que o aracnídeo possa fazer isso, aparecem Manto e Adaga e matam o homem. Já naquelas imagens a representação dos personagens já chamava a atenção.

A história surgiu após uma visita do roteirista à Ilha Ellis. 


A história segue, mostrando como a Ilha Ellis foi usada por traficantes para testar novas drogas em crianças e adolescentes. A maioria morre, dois sobrevivem e ganham poderes, tornando-se Manto e Adaga.

Ao final, a história despontava como um conto tocante e extremamente humano, muito acima do normal de uma história de super-heróis.

O visual dos personagens já chamava a atenção desde o começo. 


Futuramente, os personagens ganhariam uma minissérie escrita por Mantlo e desenhada por Rick Leonardi, em início de carreira, mas já um grande desenhista.

No Brasil essa história foi publicada em Almanaque do Aranha 1, da editora Abril e depois na coleção Os heróis mais poderosos da Marvel, da Salvat.

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