domingo, dezembro 31, 2023

Perry Rhodan – Ultimos dias de Atlântida

 
Atlan é o personagem mais misterioso dos segundo ciclo da série Perry Rhodan. Como ele veio parar na Terra? Como ele conseguiu um ativador celular o torna praticamente imortal? Como ele se tornou o único arcônida na Terra? Como ele ficou preso em nosso planeta?

A maioria dessas perguntas é respondida no número 70 da série. Escrito por K. H. Scheer, o volume é divido em duas partes. Na primeira parte, acontece algo com Bell quando ele passa pela ducha celular e, ao invés de suas células pararem de envelhecer, elas passam a rejuvenescer. O problema é que esse processo pode continuar infinitamente, fazendo com que ele regrida a nível celular.

Para tentar reverter o processo, Atlan sugere que Bell receba novamente a ducha, mas no universo dos druffs.

Tirando uma ou outra sequência interessante (a tempestade que eles enfrentam na outra dimensão é muito bem descrita) e por mostrar o quanto Gucky é apegado a Bell, essa é uma parte totalmente descartável do livro, que parece ter sido colocada apenas porque Scheer achou que a parte principal não teria tamanho para completar o volume.

A história começa de fato quando Atlan começa a se lembrar do primeiro contato que tivera com os druffs. Isso acontecera na aurora da humanidade e naquela época os vilões da outra dimensão pareciam interessados em invadir nossa dimensão com naves ao invés de simplesmente transferir pessoas para a dimensão deles (como fazem na época em que se passa a trama principal).

A capa alemã. 


O volume explica, de forma rápida, como Atlan recebera o ativador celular, através de um robô vindo numa nave misteriosa, que ele conclui, agora, que vinha do planeta Peregrino.

Explica também algo que acontece lá num dos primeiros livros da série, Base em vênus, quando os terranos chegam em Vênus e encontram só o computador arcônida, o que se revela um grande mistério: para onde teriam ido os construtores da base e do computador? A razão é que os arcônidas do planeta haviam sido sequestrados pela dimensão dos druffs.   Há aqui um ótimo exemplo de como Scheer, que escrevia os resumos à época, tinha uma visão ampla da história a ponto dos volumes 8 e 70 serem conectados.

O livro também explica como Atlan acaba ficando sozinho no planeta, algo aparentemente incompreensível, já que, como é dito no início, a colônia arcônida na Terra contava com milhares de pessoas. E a explicação é totalmente verossímil.

A edição ainda conta com ótimas narrativas de cenas de guerra, que eram uma especialidade de Scheer.

Não fosse pela metade descartável, esse seria um dos melhores volumes do segundo ciclo.

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