sábado, abril 13, 2024

Perry Rhodan – Xeque mate universo

 

No número 82 da série Perry Rhodan o administrador do império solar (eu nunca entendi porque é império, mas quem governa é um administrador, e não um imperador, mas tudo bem) está de volta e as coisas começam a entrar nos eixos.

Mas o perigo do computador regente de Árcon e dos druufs continua, pois ambas as forças são capazes de exterminar a Terra. Assim, Rhodan elabora um plano para forçar esses dois gigantes estelares e guerrearem entre si, rompendo a guerra fria que se estabeleceu na fronteira entre as dimensões.

Para isso que isso aconteça, uma artimanha se estabelece. Os terranos fingem que  o coronel Tiff desertou com mais 14 homens. Seu objetivo é ir para a dimensão temporal dos druufs e convencê-los a atacar a frota arcônida.

A parte inicial do livro é toda uma tentativa de simular um sequestro de Tiff totalmente desnecessária, que parece ter o único objetivo de incluir um pouco de ação no início modorrento.



Além disso, Rhodan avisa o computador regente sobre os desertores, o que coloca boa parte da frota arcônida em busca da nave que pode revelar a localização da Terra, o que não parece muito inteligente e quase acaba provocando uma tragédia (na verdade, provoca).

Além disso, o plano dá certo apenas por um acaso que não fazia parte do plano original e mesmo assim não provoca uma diminuição nas frotas dos inimigos a ponto dos terranos poderem enfrentá-los. Há um fator lá no final do livro, meio aleatório, que acaba fazendo toda essa aventura valer a pena, mas até ali fiquei me perguntando se esse livro era realmente relevante para a série.

Kurt Mahr escreve uma boa história de ação e de batalhas espaciais, embora provavavelmente não tão boa quando o faria K. H. Scheer, que serviu na II em um submarino alemão, o que provavelmente contribuiu para que ele se tornasse um especialista em relatos de guerras entre naves.

Há uma pequena sequência do livro que mostra uma preocupação de Mahr em dar mais contextos para o livro. Ela é focado no responsável pela limpeza em uma nave arcônida: “Panjel Dreeb era um homem de Iriam. Pelos padrões da Terra, teria um metro e meio de altura, cabeleira densa e cabeça ovalada (...) Os serviços que Panjel  executava eram muito humildes – tinha de apanhar o lixo miúdo e jogá-lo no conversor. Era um trabalho para cuja execução seria antieconômico o uso de um robô. E um homem como Panjel parecia nascido para essa função”.

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