Chico Xavier é um filme de 2010 dirigido por Daniel Filho.
O roteiro, , de Marcos Berstein, mostra Chico em um dos pontos altos de sua vida: a participação no programa Pinga Fogo, da TV Tupi. Sua vida é contanda a partir dos flash backs provocados pelas perguntas dos entrevistadores. Essa estrutura de roteiro dá dinamismo à história evitando o tom de discurso que caracterizou, por exemplo, o filme Bezerra de Menezes.
Além disso, o filme conta com um trama paralela que ajuda a manter o interesse: a do diretor do filme, que perdeu o filho em um acidente com uma arma.Indo ao acordo com a personalidade de Chico, que dizem ter sido um piadista nato, a película também tem muito humor, até mesmo em cenas mais tensas, como naquela em que Chico diz para um assistente para usar o evangelho caso o espírito possesso em uma moça entrasse nele. O assistente não teve dúvidas: tascou-lhe a Bíblia na cabeça de Chico.
A direção de Daniel Filho também é muito segura. Um dos pontos interessantes é o uso econômico de efeitos especiais. Alguém comentou no Twitter que foi para economizar dinheiro da produção. Não acho. Hoje, CGI é a coisa mais barata e comum do mundo. Como diz Alan Moore, hoje vemos uma horda de ogros descendo uma coluna e bocejamos. O que falta hoje é um bom uso da linguagem do cinema, coisa que sobra em Chico Xavier. A quase ausência de efeitos computacionais faz com que, no momento em que eles apareçam, eles marquem a cena, como no primeiro momento em que Chico psicografa mensagens espirituais sob orientação de adeptos do espiritismo.
Um filme excelente, que segura a atenção até o último minuto. Nunca tinha visto a plateia inteira ficar sentada durante os créditos (que passa cenas reais de Chico no programa Pinga Fogo)
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