quarta-feira, julho 10, 2024

Perry Rhodan – O regresso do nada

 


No número 59 da série Perry Rhodan os terranos estão às voltas com a ameaça dos invisíveis, inimigos terríveis que fazem desaparecer todos os habitantes de um planeta inteiro.

Nesse número, intitulado O regresso do nada, e escrito por Kurt Mahr, os agentes de Rhodan entram no planeta Mirsal II, que está sendo atacado pelo perigo invisível, com o objetivo de descobrir qualquer pista sobre a ameaça. O grupo é formado pelo tenente Marcel Rous, pela psicóloga Rosita Peres e pelo mutante Fellmer Lloyd.

Esse seria o tipo de volume perfeito para Clark Darlton, um especialista em mostrar as culturas de mundos alienígenas, mas Mahr não faz feio. Nós descobrimos, por exemplo, que em Mirsal II, sair sem se despedir é um sinal de ameaça, tal a importância que os habitantes do planeta dão aos cumprimentos.

A capa original alemã destaca a passagem para o mundo dos invisíveis. 


Mas, fora esses pequenos detalhes sobre a vida local, esse é um volume lento e na maior parte desinteressante – especialmentes se considerarmos que ele vem após O ataque do invisível, um dos volumes mais tensos dos dois primeiros ciclos.

O livro só começa a se tornar realmente interessante lá pelo final, quando os agentes de Rhodan conseguem descobrir uma maneira de visualizar e, finalmente, visitar o planeta dos invisíveis (até que chegie esse momento há várias sequências repletas de termos técnicos que parecem ser puramente fictícios).

A sequência traz um acréscimo: uma interessante explanação sobre as consequências das alterações temporais. À certa altura, por exemplo, Rous percebe que as placas do local onde está são extremamente duras. Mas logo descobre que a aparente dureza do material é decorrente da modificação da dimensão temporal. Talvez as placas fossem de algum material macio, mas como Rous estava rápido demais, o material não tinha tempo de desviar de seu toque. Assim, algo macio parecia extremamente duro. É o tipo de reflexão (ou, melhor dizendo, extrapolação) sobre os limites da realidade que só a ficção científica permite. 

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