Primavera para Hitler é
um filme de 1968, de Mel Brooks com Gene Wilder e Zero Mostel nos papeis
principais.
Na trama um produtor de musicais (Zero Mostel)
está decadente e é obrigado a namorar velhas endinheiradas para conseguir
dinheiro, mas descobre, através de um contador (Gene Wilder) que um fracasso
pode ser mais lucrativo que um sucesso. A receita é simples: basta arrecadar
patrocínio muito a mais do que necessário para a produção. Se a peça for um
fracasso total, apresentando-se um único dia, nenhum dos investidores irá
procurar receber seu dinheiro de volta.
Para conseguir seu intento, a dupla procura a
pior peça já escrita e encontram "Primavera para Hitler", escrita por
um lunático nazista. Para dirigir o espetáculo escolhem o pior diretor da
cidade: um cara afetado com mania de grandiosidade. Para o papel de Hitler,
escolhem um rapaz que fora ao teatro por engano e só quer cantar rock. O
produtor chega a subornar um crítico musical sabendo que isso o fará detonar o
musical. Mas tudo dá errado quando a peça, inexplicavelmente, se torna um
sucesso.
Na época o filme chegou a ser proibido na
Alemanha, embora seu diretor fosse judeu.
Primavera para Hitler é comédia inteligente e
politicamente incorreta. Destaque para a cena das moças semi-nuas cantando que
Hitler está destruindo a Polônia ou a das moças vestidas como soldados nazistas
dançando uma coreografia baseada no passo de ganso. Ou a secretária belíssima,
mas que não fala em inglês e entende que trabalhar é dançar rock. Ou a do autor
da peça tentando convencer a plateia de que não escreveu uma comédia (e todos
acham que isso faz parte da piada). Enfim, Primavera para Hitller mostra bem
porque Mel Brooks é considerado o homem que revolucionou o cinema de humor.
Esse filme, aliás, só
seria possível nos revolucionários anos 1960. Hoje em dia Mel Brooks seria
considerado persona non grata em Israel.
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