O anel de nibelungo, de Richard Wagner, é uma das operas mais famosas de todos os tempos e sua influência sobre a literatura de fantasia é inestimável. É também uma das mais grandiosas. A ideia original era escrever apenas uma parte, A morte de Siegfried, mas o autor convenceu-se de que precisava de uma narrativa mais completa. Assim, ele produziu um épico que, de certa forma, resume toda a mitologia nórdica.
Nos quadrinhos, dois grandes fãs de O anel de
Nibelungo eram o desenhista Gil Kane e o
roteirista Roy Thomas. Kane, inclusive, foi o responsável por apresentar o
material ao amigo, ao levá-lo para assistir a ópera na década de 1970.
A arte ce Gil Kane é grandiosa.
Na década de 1990, os dois propuseram para a
DC Comics adaptar esse épico para os quadrinhos, proposta que foi prontamente
aceita. A paixão de Kane pela história era tão grande que, durante a produção
da HQ, ele chegou a desenvolver um linfoma, um dos tipos mais agressivos de
câncer, e escondeu isso de todos com medo da editora cancelar o projeto.
A história inicia em uma época em que
Valhalla acabar de ser construída pelos gigantes. Em pagamento, Woltan
prometera aos gigantes a deusa Freia, mas sem a intenção de cumprir o acordo.
Quando a situação parece perdida, surge Loge, que convence os gigantes de que o
anel de nibelungo, um artefato extremamente poderoso, poderia ser um substituto
à altura de uma deusa.
Woltan convenceu os gigantes a construirem Vahalla e em troca ofereceu a deusa Freya.
O nibelungo Alberich era um anão que, ao
renunciar ao amor, roubara o tesouro das donzelas de Rhine e com ele forjara o
anel e um capacete que concedia a invisiblidade.
O anel é roubado pelos deuses, mas o dono
original roga uma maldição cujo resultado já é percebido logo no início, quando
um dos gigantes mata o irmão para se apossar do mesmo.
Esse é só o início de uma longa saga
construída em torno do artefato, uma saga que terá como principal protagonista
o herói sem medo Siegfried.
A adaptação de Roy Thohoas tem qualidades e
problemas. O maior problema está relacionado ao fato de que tentaram condensar
uma história grande demais em poucas páginas. Isso faz com que fatos sejam mal
explicados e que os personagens simplesmente pulem de um ambiente para o outro
de forma abrupta, especialmente no terceiro capítulo.
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