Nas primeiras histórias de Thor havia pouca exploração da mitologia nórdica. Thor chegou a enfrentar uma versão moderna de Merlin. Loki, o único elemento da mitologia nórdica recorrente nas histórias, era explorado à exaustão.
Mas com o tempo, e provavelmente por influência de Jack Kirby, que encabeçava a série Contos de Asgard, Stan Lee foi enriquecendo a mitologia nórdica. Um bom acréscimo foram os vilões Encantor e Executor, surgidos em Journey into Mystery 103.
A belíssima Encantor quer conquistar o coração de Don Blake. |
Na história, Loki (sempre ele), sugere que Encantor vá à terra e conquiste o coração de Don Blake, fazendo com que ele esqueça a enfermeira Jane Foster. Para isso ela vai à terra e se disfarça como se fosse uma belíssima mulher da alta sociedade.
As primeiras aparições da deusa como humana realmente impressionam pela beleza – Jack Kirby estava nitidamente caprichando.
Executor não executa donzelas. |
Mas Don Blake percebe o engodo e a rejeita. “Nunca ninguém se livrou do meu abraço antes”, reclama ela, e parte para o plano B: pedir ajuda de Executor para se livrar de Jane Foster. Mas deve haver algum código de ética entre vilões asgardianos, pois, mesmo se chamando Executor, ao invés de matar a enfermeira, ele usa seu machado para criar um vórtice e enviar a garota para um limbo.
Claro que isso coloca os dois valentões (Thor e Executor) em rota de colisão. A contenda é resolvida com um ardil. Executor promete trazer a garota de volta em troca do martelo de Thor, mas como sabemos só Thor pod erguer o martelo. Apesar das incongruências do roteiro, é uma história divertida, com a marca Kirby-Lee.
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