sábado, setembro 14, 2024

Capitão América – Motim no pavilhão 10

 



A história do Capitão América publicada em Tales of Suspense 62 começa com uma cena impressionante do personagem pulando sobre vários malfeitores e desviando das balas, uma daquelas splash pages impressionante de Jack Kirby.
Capitão, você precisa parar de se meter nessas roubadas. 


Na trama, o herói é chamado para uma penitenciária a pedido do diretor da prisão para demonstrar como se defenderia caso os prisioneiros fugissem. Não faz o menor sentido.
Na verdade, isso é uma estratégia de um dos prisioneiros, Deacon, que aprisionou o diretor da prisão, mas não consegue fugir pois é necessário passar por um portão blindado que opera por magnetismo. A ideia deles é usar o escudo do Capitão para abrir o portão, já que, segundo notícias, Tony Stark instalou um equipamento magnético no escudo.
Uma aula de narrativa. 


Alguém precisa dizer para o Capitão parar de se meter nessas roubadas, mas provavelmente a história deve ter surgido de uma imagem ou de uma ideia de Kirby. Imagino o diálogo:
Jack Kirby: Estou com vontade de fazer uma história com o Capitão enfrentando bandidos numa prisão.
Stan Lee: Tudo bem, faça aí, eu dou um jeito de justificar isso.
A história em si não faz muito sentido, pois, se o Capitão entrou na prisão, ele entrou pelo portão blindado e não teria como ele surpreender ao descobrir no final, como mecanismo funciona.
Entre mortos e feridos, salva-se uma história que é pura ação, com cenas divertidas e verdadeiras aulas de narrativa visual – em uma sequência, por exemplo, o herói joga seu escudo e vemos apenas bonés, sapatos, armas usadas pelos presos, voando pelo espaço em meio às linhas de ação. 

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