sábado, março 01, 2025

Homem-Animal – O último inimigo

 

Ao voltar de sua jornada psicodélica no deserto, no número 20 da série, o Homem-Animal descobre que sua mulher e seus filhos foram mortos, o que o coloca em uma jornada de depressão e, depois, vingança.

No começo, vemos o personagem catatônico, sendo cuidado pelos vizinhos. Para demonstrar visualmente o deslocamento do personagem da realidade, são introduzidos borrões nos quadros, como se ele tivesse apagado entre uma situação e outra. O recurso funciona muito bem e consegue, de maneira simples, demonstrar o estado de espírito do personagem.

Borrões são usados para expressar o estado de espírito do personagem. 


Em paralelo a isso, temos sequências com o assassino e seu encontro com a organização que ordenou as mortes. Descobrimos que se trata de um grupo que tem sido afetado pelas atividades ecológicas do Homem-Animal e pretende fazer com que ele pare de incomodá-los.  

O herói só sai do estado de depressão quando o Mestre dos Espelhos entra em contato dizendo saber quem foi responsável pela chacina. A partir daí, o Homem-Animal inicia sua jornada de vingança, matando um a um os responsáveis.

O herói embarca em uma jornada de vingança. 


Embora essa trama de vingança fosse, em muitos sentidos, semelhante à trama de vingança do Monstro do Pântano (o que é uma ironia, já que Morrison se apresentava como o anti Alan Moore), é uma história empolgante, na qual o personagem usa de maneira criativa os poderes animais. À certa altura, por exemplo, ele usa a habilidade de uma mosca de experimentar de maneira mais vagarosa a passagem do tempo e assim destruir um robô.

O herói usa a percepção de tempo de uma mosca. 


Vale lembrar também que, naquela época, super-heróis não matavam, não importa o motivo.

O bom desenvolvimento dessa história mostra a razão pela qual o Homem-Animal, um personagem obscuro da DC, se tornou o carro-chefe da revista DC 2000.

Sem comentários: