segunda-feira, dezembro 01, 2025

Guerras Secretas – Uma pequena morte

 


O número seis da série Guerras Secretas é dedicado a dois acontecimentos específicos.

De um lado, Vespa sofre um desastre aéreo e vai parar em um pântano onde encontra com Lagarto. Acontece que a Gangue da Demolição está ali para pegar Lagarto e, no processo, acabam ferindo a heroína, o que provoca a fúria do réptil – como se o roteirista Jim Shooter estivesse ensinando como criar conflito mesmo entre os vilões.

Vespa faz amizade com o Homem-Lagarto. Uma amizade animal! 


Por outro lado, os X-men vão interceptar um grupo de vilões que se aproxima de um vulcão, provavelmente com a intenção de fazê-lo entrar em ebulição. Quando conseguem afastar o perigo, Ciclope atira seus raios oculares no vulcão, fazendo com que ele entre em erupção. Lembro que lá pelos meus 15 anos, quando li, pensei: “Por que ele fez isso?”. Relendo, ainda parece uma atitude impensada, um roteirismo, quando um roteirista faz o personagem fazer algo idiota para que a trama se desenvolva.

Os X-men tentam impedir os vilões de provocarem a erupção de um vulcão... 


No final, a ação de Ciclope acaba sendo acertada, pois a erupção do vulcão faz Galactus paralisar seu trabalho de consumir o planeta. Mas se era assim, por que simplesmente não deixaram os vilões fazerem o trabalho? Teria sido muito mais sensato do que ferir mortalmente o Homem Molecular. Parecia uma atitude de quinta série.

... para logo depois provocar a erupção do vulcão. 


Além disso, uma coisa que já naquela época me chamou atenção é o fato dos X-men extremamente subservientes ao professor Xavier, como se fossem todos pré-adolescentes da fase inicial do título. Todos,  com exceção de Ororo, que parece apenas uma garotinha revoltada, algo sinalizado por seu visual punk. Parecia que Jim Shooter só tinha lido mesmo a fase de Stan Lee e Jack Kirby à frente dos mutantes e dado apenas uma folheada na fase de Claremont e Byrne.

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