sexta-feira, março 06, 2020

Thongor, o quase Conan

Quando a redação da Marvel começou a ser inundada por cartas pedindo uma revista com personagens do gênero espada e magia, Roy Thomas pensou em fazer uma adaptação de Thongor, de Lin Carter. A razão é que o chefão da Marvel, Martin Goodman, tinha reservado apenas 150 dólares para cada edição publicada. Com um valor desses, Thomas achou que seria impossível pagar os direitos de um personagem popular como Conan e optou por um menos conhecido. Além disso, Lin Carter era fã de quadrinhos. Isso certamente facilitari a negociação. 
Não contavam com o empresário do escritor, que emperrou a negociação pedindo mais de 150 dólares. Como bom judeu, Goodman não aceitava pagar um centavo a mais do que o que estava no planejamento. 
Nesse meio tempo, Roy Thomas entrou em contato com o empresário responsável pelos direitos de Conan e conseguiu os direitos do cimério. Se não fosse o empresário ambicioso, hoje milhares de fãs de quadrinhos seriam também fãs de Thongor. Ou não. 

Em tempo: posteriormente, quando a revista do Conan havia se tornado um sucesso e impulsionado a venda dos livros, o agente de Lin Carter aceitou licenciar o personagem para a Marvel. Mas a revista de Thongor durou poucos números: a maioria dos leitores considerou que o personagem era apenas uma imitação barata do cimério.

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