sábado, janeiro 15, 2022

Os Vingadores vs Hulk e Namor

 


Enquanto na DC os mocinhos eram mocinhos e os vilões eram vilões, inclusive muito bem caracterizados em termos visuais (os mocinhos eram bonitos, os vilões feios), na Marvel as coisas eram muito mais nebulosas. Quem era herói numa história poderia se transformar em vilão em outra. Quem era vilão numa história, poderia ser herói da edição seguinte.

A terceira edição do título dos vingadores mostra isso. O Hulk havia feito parte da equipe na primeira e na segunda revista, mas na terceira se torna o vilão.

Hulk é o vilão dessa edição. 


Na edição anterior, ele havia se separado do grupo e a história começa com os vingadores tentando descobrir onde ele está – afinal, um Hulk à solta é encrenca na certa.

Nesse meio tempo, Namor encontra o gigante esmeralda e resolve fazer com que ele se torne seu aliado. Afinal, ambos odeiam a humanidade. E o plano é começar a vingança contra a humanidade derrotando o grupo de heróis.

A especialidade da Marvel era mostrar quebra-pau entre heróis. 


E lá temos um tremendo quebra-pau entre personagens Marvel, uma história feita praticamente só de ação (com sequências impressionantes desenhadas pelo mestre Jack Kirby) com direito à Vespa dando em cima de Thor e levando uma dura do Gigante: “Será que você nunca vai amadurecer, Vespa? Não pensa em outra coisa?”. O conteúdo sexual implícito ali era tão óbvio que fica difícil entender como o pessoal do Comics Code não implicou com a sequência.

Uma curiosidade é o texto final da história, em que stan lee exercita toda a auto-promoção que caracterizou a era Marvel: “Se há uma coisa que vocês podem esperar desse grupo é... o inesperado! E nós prometemos que a próxima história dos vingadores apresentará personagens e surpresas bem além dos seus sonhos mais insanos!”. 

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