Quando assumiu o título sentinela da liberdade, o escritor Mark Waid parecia disposto a levar o personagem aos seus limites. Na primeira saga, o roteirista colocou o herói à beira da morte, sendo salvo pelo seu pior inimigo, o Caveira Vermelha. Na segunda saga, Homem sem pátria, o personagem cai em desgraça quando o segredo militar de um canhão, que só ele conhecia, vaza.
Na verdade, era o vilão Mecanus, que rastreara seu cérebro em busca de segredos quando este estava à beira da morte. Mas a situação é usada para dar a entender que o capitão vendeu segredos militares para inimigos.
O Capitão é proibido de usar seu uniforme e extraditado para a Inglaterra. |
O governo americano retira do herói seu uniforme e o extradita para a Inglaterra. Com a ajuda de Sharon Carter, ele deverá ir até a Moldávia e provar que foi vítima de uma armação.
Claro que toda essa trama é motivo para cenas de ação impressionantes, a começar pela sequência inicial, quando agentes do governo invadem o apartamento de Steve Rogers e encontram lá Sharon Carter.
A sequência inicial é eletrizante. |
É também uma ótima trama de suspense e espionagem no melhor estilo 007, com perigos que se sucedem, de um aeroporta-aviões da Shield que pode ser destruído a uma tentativa de assassinar o presidente dos EUA.
Para isso, o desenho de Ron Gardner, repleto de movimento, ajuda muito.
A saga faz uma bela homenagem a alguns das fases mais importantes do personagem. |
Há uma sequência muito boa na qual mark waid faz uma homenagem a algumas fases célebres do personagem. São mostrados desenhos de Jack Kirby, Jim Steranko, John Byrne e Mike Zeck. O texto diz: “Era uma vez um ser humano que foi o símbolo de uma nação. Um homem que jamais se rendeu. Um homem com a glória estampada em seu sorriso. Um homem que amava seu país acima de tudo e de todos. Era uma vez...”
De negativo, apenas o comportamente muitas vezes forçado de Sharon Carter, que parece ter sido pensado apenas para providenciar cenas de ação. À certa altura, por exemplo, ela beija o capitão américa e depois o soca porque “Não sentiu nenhuma fagulha”. Outro problema diz respeito às distâncias. Em outro trecho o Capitão faz em minutos uma viagem da Moldávia aos EUA.
Essa saga se estendeu dos números 450 a 453 da revista Capitain América.
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