No começo o Quarteto Fantástico enfrentava alguns vilões
muito bizarros. Exemplo disso é o Mestre dos Bonecos, que apareceu no número 8
da revista.
Esse personagem provavelmente foi baseado na história dos
bonecos de marionete. Ao fazer um boneco de uma pessoa, o vilão é capaz de
controlá-la (sabe-se lá como). A interação entre boneco e pessoa é tão grande
que, quando o Tocha Humana salva um homem que vai pular da ponte, o vilão sente
uma queimadura no dedo (sabe-se lá como).
O Mestre dos Bonecos transformava pessoas em marionetes. |
O vilão, como todos daquela época, queria se tornar o rei do
mundo. E pretende fazer isso criando bonecos de autoridades. Nesse meio tempo,
ele provoca uma revolta numa prisão, aparentemente só para testar seus poderes,
o que na verdade é de uma inutilidade total. Mas essa situação cria belas
imagens de ação dos heróis lutando contra os bandidos, nas quais Kirby deve ter
se divertido muito.
Além disso, o vilão parecia mais engraçado do que perigoso:
careca, baixinho, olhos grandes, boca rasgada, nenhum uniforme ou roupa que o
diferenciasse de outros personagens. Parecia um personagem que foi colocado na
trama sem muito planejamento.
A primeira aparição de Alícia Masters. |
Mas essa história tem importância pela introdução de uma
personagem que se tornaria fundamental nas histórias do quarteto: Alícia
Masters, a escultora cega, sobrinha do vilão. Ela protagoniza um dos melhores momentos
da revista, exemplo de como Stan Lee conseguia dar humanidade ao seu texto. O Coisa
tinha se submetido a um dos experimentos de Reed Richards e tinha voltado a ser
um humano comum. Alícia o acaricia e não o reconhece. Quando o efeito da
fórmula acaba, ela diz: “Não... espere! Eu... eu estava enganada! É você... é o
mesmo homem maravilhoso!”.
Para o complexado Coisa, alícia vai ser uma figura
extremamente importante.
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