domingo, dezembro 03, 2023

Quarteto Fantástico – Prisioneiros do Mestre dos bonecos

 


No começo o Quarteto Fantástico enfrentava alguns vilões muito bizarros. Exemplo disso é o Mestre dos Bonecos, que apareceu no número 8 da revista.

Esse personagem provavelmente foi baseado na história dos bonecos de marionete. Ao fazer um boneco de uma pessoa, o vilão é capaz de controlá-la (sabe-se lá como). A interação entre boneco e pessoa é tão grande que, quando o Tocha Humana salva um homem que vai pular da ponte, o vilão sente uma queimadura no dedo (sabe-se lá como).

O Mestre dos Bonecos transformava pessoas em marionetes. 


O vilão, como todos daquela época, queria se tornar o rei do mundo. E pretende fazer isso criando bonecos de autoridades. Nesse meio tempo, ele provoca uma revolta numa prisão, aparentemente só para testar seus poderes, o que na verdade é de uma inutilidade total. Mas essa situação cria belas imagens de ação dos heróis lutando contra os bandidos, nas quais Kirby deve ter se divertido muito.

Além disso, o vilão parecia mais engraçado do que perigoso: careca, baixinho, olhos grandes, boca rasgada, nenhum uniforme ou roupa que o diferenciasse de outros personagens. Parecia um personagem que foi colocado na trama sem muito planejamento.

A primeira aparição de Alícia Masters.


Mas essa história tem importância pela introdução de uma personagem que se tornaria fundamental nas histórias do quarteto: Alícia Masters, a escultora cega, sobrinha do vilão. Ela protagoniza um dos melhores momentos da revista, exemplo de como Stan Lee conseguia dar humanidade ao seu texto. O Coisa tinha se submetido a um dos experimentos de Reed Richards e tinha voltado a ser um humano comum. Alícia o acaricia e não o reconhece. Quando o efeito da fórmula acaba, ela diz: “Não... espere! Eu... eu estava enganada! É você... é o mesmo homem maravilhoso!”.

Para o complexado Coisa, alícia vai ser uma figura extremamente importante.

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