Na
série Perry Rhodan há livros que começam muito bem e nos empolgam, mas depois
perdem força. Exemplo disso é o volume 93, escrito por Kurt Mahr.
A
trama começa com um robô sendo morto e enviando uma mensagem a Árcon, fazendo
com que Atlan peça ajuda dos terranos para investigarem o que está acontecendo.
Toda essa parte, embora seja bem narrada, fica meio nebulosa, o leitor só adivinha
que Atlan pediu ajuda dos terranos e só supõe que Rhodan mandou uma nave.
Mahr
introduz um personagem interessante, que teria tudo para se tornar um dos mais
carismáticos da série: o Major Thomea Untcher, com seu jeito brincalhão e seus
monólogos disfarçados de diálogos usados para demonstrar suas reflexões e
pensamentos, a exemplo de:
-
Sargento Loodey, qual a sua opinião?
-
Isto quer dizer que.... – respondeu Loodey prontamente – que... que... – e
começou a gaguejar.
-
Você tem plena razão. Já que os nativos...
A capa original alemã. |
Há também uma ótima descrição do planeta Opghan e de seus nativos, um povo aquático, já que o planeta é composto de 99,5% de água. Segundo Mahr, quando chegava a noite, o frio era tão congelante que os éfogos eram obrigados a fugir: “Corriam sempre para oeste, atrás do sol. Quem ficasse para trás, morreria”. Depois eles inventaram embarcações e, finalmente, conseguiram construir cidades no fundo do mar, onde o frio não os alcançava.
Toda
essa narrativa fascinante é entremeada por um acontecimento misterioso, pois a
nave é atacada por éfogos que simplesmente se deixam abater e não reagem às
agressões. Qual seria o objetivo desse ataque tão sem sentido?, pensa o leitor.
Mas,
lá na frente, a narrativa vai se tornando cada
vez mais lenta e arrastada e o livro vai perdendo o encanto.
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