Maus, a história de um sobrevivente é a melhor história em quadrinhos já produzida sobre o holocausto. De autoria de Art Spielgman, o livro conta a história do pai do autor, um judeu polonês sobrevivente do campo de Auschwitz.
O livro fala da relação complicada entre pai e filho e como os efeitos psicológicos da guerra repercutiram por anos.
O livro, além da sinceridade absoluta, se destaca pelo ótimo tratamento gráfico, com suásticas avançando como sombras sobre os personagens judeus. A representação dos povos, embora use o antopormofismo (animais para representar seres humanos), um recurso já clássico nos quadrinhos e nos desenhos animados, o faz de forma a destacar a mensagem do autor e ressaltar o clima opressor do período nazista.
Assim, os alemães são representados como gatos e os judeus como ratos. Os americanos são cachorros, os suecos carneiros, os ciganos traças. A representação evoca a propaganda nazista, que, de fato retratava os judeus como ratos e os poloneses como porcos. Era também comum que os nazistas se referissem aos povos indesejados como insetos.
Sem ser melodramática, Maus mostrou e analisou a realidade dos judeus perseguidos pelos alemães, elevando as histórias em quadrinhos a um patamar jornalístico. Tanto que, em Grande parte do livro foi publicado em série na revista RAW, editada por Spiegelman. Foi publicado no Brasil em duas partes pela editora Brasiliense. Recentemente ganhou uma versão integrada pela editora Companhia das Letras.
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