Uma das características da série Camelot 3000
era o seu caráter de crítica social e política. Isso, que já tinha sido apenas
insinuado nos números anteriores, torna-se explícito no número quatro.
A história começa com Jordan Matthew, diretor
de segurança da ONU, reunindo com os principais líderes do planeta. Todos são
mostrados de forma caricata e negativa.
Os políticos são mostrados de forma caricata.
Presidente Marks, governante dos EUA, é um
cowboy careca que fuma charutos e anda armado. “Eu realizarei a vontade dos
patrícios... que coincidentemente é também a minha”, diz o premiê russo.
“Ninguém do meu povo deseja Rakma fora! Todos amam Rakma! E que não ama Rakma,
eu mato”, explica o governante africano.
O grupo percebe que Arthur é uma ameaça a seu
poder e decide ordenar um ataque a Camelot e para liderar o ataque é escolhido
o sargento Mccalister, o homem com quem Tristão iria se casar antes de
descobrir seu passado. Ele, portanto, tem motivos pessoais para querer se
vingar.
A nova távola redonda tem um visual futurista.
A situação permite que o leitor possa ver
finalmente o grupo em ação. Brian Bolland constrói imagens impressionantes,
como a primeira cena do grupo, correndo na direção do leitor, ou a de Arthur
usando sua espada Excalibur para cortar a asa de um jato.
Toda a sequência é impressionante. Quando os
soldados da ONU são mortos descobre-se que na verdade eles são alienígenas, o
que lança uma luz sobre o que realmente está acontecendo: a invasão está sendo
efetuada por Morgana com apoio do secretário de segurança da ONU.
Uma das cenas de maior impacto da série.
Mike W. Barr vai, assim, lançando ganchos e
costurado a história com grande eficiência.
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